Sexta-feira, 4 de Agosto de 2017

A não esquecer!

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 A 13 de Agosto temos que votar e dizer aos nossos amigos para votarem também. Para isso basta telefonar para o número que vai ser disponibilizado na RTP1 durante esse dia.

Vamos eleger Almeida como uma das 7 Maravilhas de Portugal!

publicado por Aristides às 15:59
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Quarta-feira, 15 de Março de 2017

O meu artigo deste mês no Praça Alta

O Mundo e a Caixa

I-O Mundo

Eu não sou pessimista, o mundo é que é péssimo, como diria José Saramago. De facto, as razões para ainda manter uma dose de optimismo, por pequena que seja, são cada vez mais escassas. Seja à escala que for, global ou paroquial, não se enxergam motivos para encarar o devir com aquela que se convencionou ser a cor da felicidade, o insípido cor-de-rosa.

Há um fogo enorme no jardim da guerra, escreveu uma vez Sérgio Godinho. Um jardim com canteiros espalhados por quase todo o mundo, mas em que o petróleo é seguramente o combustível mais usado para alimentar aquele fogo. O ambiente já não é de guerra fria, mas de aquecimento para uma guerra mundial, e isso é quase palpável. O surgimento por todo o lado, como cogumelos, de governantes com uma agenda populista, xenófoba e muitas vezes filo nazi, contribui de forma decisiva para ensombrar as perspectivas.

I’ve seen the Future, baby: it is murder, angustiava-se e angustiava-nos Leonard Cohen com o seu desespero elegante e sereno. E ainda ele não tinha visto nada quando escreveu aquelas palavras. A barbárie mediatizada do Daesh, os seus atentados e degolações, o Mediterrâneo pejado de cadáveres, os refugiados entre dois mundos que os repelem em simultâneo eram, nesses idos de 90, realidades inimaginadas. Os acontecimentos sangrentos, o paroxismo da violência, a vulgarização da barbaridade, são dados adquiridos para quem se dispõe a estar a par com o que ocorre por esse mundo fora e, por isso, liga diariamente o televisor ou a Internet.

Mas se todo o mundo é composto de mudança, como dizia Luís Vaz, o que faz com que essa mudança seja um vórtice, um sorvedoiro de vidas perdidas, de ideais desfeitos, de sonhos destruídos? As forças da entropia são bem mais poderosas que os laços construtivos ou as estruturas ordenadas. Poucos são os que mantêm desperta a bruxuleante chama dos ideais libertadores e que ao longo da vida não desistem de se guiar pela cartilha emancipadora. Aqueles que dedicam a sua vida à luta incessante por melhores dias, para que o Mundo seja um sítio mais habitável, para que todos possam usufruir de uma vida, no mínimo, digna, enfim, aqueles que querem que “isto” mude, não podem andar menos felizes. Com efeito, quando as coisas mudam, quase nunca é no sentido da melhoria, é quase sempre uma mudança feita de retrocessos civilizacionais.

E se continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança, para usarmos as mesmas belas palavras do velho e sábio Luís, é porque, à nossa volta tudo parece conspirar para que se cumpram as piores profecias e se adie para sempre a esperança de ver as coisas melhorarem. Basta estender a vista abarcando os vários continentes e em nenhum deles deixamos de ver países desfeitos, guerras constantes, o ódio, a xenofobia e a exclusão fomentados por governos de países ditos civilizados, o ressuscitar de velhas ideias, repescadas no bafiento baú do obscurantismo.

II- A Caixa

Como dizia no início, todo este panorama de confusão, incertezas quanto ao futuro, desagregação do status quo, pode ser encontrado tanto a nível mundial como aqui mesmo à nossa porta. Ninguém, minimamente atento aos sinais do tempo e que não sofra de algum tipo de alienação, poderá dar sinais de optimismo perante as novidades que surgem com alguma e indesejada frequência. Dizem os ingleses “no news, good news”, ou seja, não haver notícias já é em si uma boa notícia. Mais uma vez, não é o caso.

A última não se pode dizer que tenha caído que nem uma bomba, habituados que estamos às más notícias, mas é de certo modo inesperada. Trata-se, como já terão percebido, do possível encerramento da agência da Caixa Geral de Depósitos de Almeida. Se se tratasse de um banco privado que, por uma questão de gestão ou de rentabilidade decidisse encerrar uma agência, nada haveria a dizer. Mas tratando-se de uma entidade bancária do Estado, essas opções já podem ser discutidas e questionadas pelas pessoas que, clientes ou não, pagam os seus impostos.

Dito de outra forma, os critérios de gestão de um banco público não podem ser os mesmos de um banco privado que visa o lucro pelo lucro. A CGD, como banco público tem responsabilidades que vão muito para além da rentabilidade dos seus activos. Tem, antes de mais, responsabilidades sociais perante as populações onde as suas agências se encontram implantadas. Tem responsabilidades perante o tecido económico dessas regiões; acrescidas quando se trata de regiões desfavorecidas.

Tem também que ter em consideração que uma sede de Concelho não pode, de maneira alguma, ficar sem os serviços dessa instituição bancária. Com a agravante de que se trata de uma Vila que, em breve, como desejamos, poderá vir a ser classificada como Património da Humanidade pela Unesco com tudo o que isso pressupõe, não só de prestígio internacional, como de aumento do fluxo turístico e consequente dinamismo económico. Oxalá haja margem de manobra suficiente e vontade política para alterar esta desastrosa resolução.

Não admira que perpasse pelos habitantes de Almeida uma indisposição generalizada para com estas infelizes decisões dos gestores da CGD. E é pena que isso aconteça numa altura em que há uma tentativa mal confessada de algumas forças políticas em provocar dificuldades ao banco do Estado para uma eventual privatização, desiderato de que ainda não desistiram. Aqueles que, como eu, defendem uma Caixa Geral de Depósitos forte, saudável e pública, ao criticarmos as suas opções de gestão, não gostaríamos de ser misturados com os que querem o seu insucesso para a entregar aos privados. Mas também não gostaríamos de ser traídos pela instituição que defendemos.

Por tudo isto que fica dito, junto a minha voz a todos aqueles que exigem respeito por Almeida e que, contra todas as evidências, ainda acreditam no seu futuro.

 

 

publicado por Aristides às 13:01
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Quarta-feira, 14 de Dezembro de 2016

O meu artigo de Dezembro no Praça Alta

Depois de mais um interregno maior do que gostaria, aqui vai o artigo que escrevi este mês para o nosso jornal:

 

Cuba, um sonho perigoso

Então, vamos lá por partes. Fidel Castro morreu, para contentamento e festança de muita gente, a começar pelos gusanos de Miami que agradecem agora às leis da natureza humana o que a CIA não conseguiu em mais de 600 tentativas de eliminação física do líder cubano, que começaram, como é sabido, com o fracassado desembarque dos porcos na baía dos ditos.

Fidel e a sua gesta preencheram o imaginário de milhões de jovens por esse mundo fora, serviram de exemplo e refrigério à luta de muitos povos oprimidos. Fidel foi carne e osso, foi ícone e foi lenda.

Muitos daqueles jovens que o endeusaram um dia, andam agora num despique tentando dizer de Fidel pior do que Maomé disse do toucinho, como todo o bom filho-família que nos devaneios e irreverências da longínqua juventude foi um diletante soissantehuitard, em tirocínio para mais altos e rentáveis voos nas empresas do papá. Ou, quiçá, andou na Lisboa dos setenta, a assaltar embaixadas e saquear o seu mobiliário para acabar, anos volvidos e ideais reciclados, num gabinete envidraçado de um vigésimo andar para a West Street de Manhattan, como presidente não executivo do maior Banco saqueador do Universo.

Mas já me estou a afastar do meu propósito ao iniciar este escrito. É meu intuito reflectir sobre algo que me intrigou nestes dias de luto oficial em Cuba. Foi um fartar vilanagem, foram centenas (milhares?) os artigos, os directos, os comentários televisivos e radiofónicos, os tweets, os posts, os comentários no facebook, etc., etc., que glosaram o papel de Cuba e de Fidel Castro na geopolítica, no imaginário, no passado e no futuro da Humanidade.

Ora, foi essa avalanche, menos noticiosa que opinadora, que me levou a escrever sobre isso. O que terá Cuba para despertar ódios tão violentos e declarações tão viperinas nos habitualmente fleumáticos opinion makers? O que terá Fidel e Cuba para que os seus inimigos sempre bem colocados nos órgãos de manipulação social lhes dediquem horas e horas, páginas e páginas das suas reportagens e transmissões?

Não será estranho que o que se passa numa pequena ilha, habitada por escassos 11 milhões de habitantes esteja constantemente nas parangonas dos jornais, seja constantemente esmiuçado, monitorizado, criticado? Para não nos afastarmos muito da região, não seria mais lógico, atendendo às sempre referidas preocupações sociais dos analistas, eles virarem as atenções para países como o Haiti, República Dominicana ou até o México?

Países com falta de tudo o que é básico, com indicadores do fundo da escala, em que a Democracia é uma miragem, onde grassam a corrupção e a violência, merecem dos nossos media um olímpico esquecimento, quando muito um olhar distraído.

Não vou referir os imensos aspectos em que Cuba está à frente de países ditos desenvolvidos. Quem romper o cerco mediático e o silêncio informativo (sobre as qualidades…) e se informar minimamente sobre a realidade cubana, sabe como esse país ultrapassa muitos países ocidentais em vários indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano, todos os anos publicado pela ONU.

Então porquê tanta atenção a Cuba? Porque é que tantos se alvoroçam a demonstrar a falta de Democracia, o desrespeito pelos Direitos Humanos, realidades bem mais visíveis em países vizinhos, mas aí menos incómodas?

O quem tem Cuba, afinal? Que fascínio exerce sobre apoiantes e que obsessão cria nos detractores?

Não há respostas simples sempre que se trate de realidades sociais. O comportamento humano em sociedade é das coisas mais complexas de analisar. Porém sempre se podem fazer tentativas, aproximações, e chegar, nem que seja só um bocadinho, mais perto da compreensão das coisas.

A Revolução Cubana provocou muitos sonhos, despertou a Utopia, entusiasmou os que acham possível um Mundo melhor e mais fraterno. Por isso mesmo, os poderosos, os que vivem da exploração do seu semelhante, os que controlam a Informação à escala mundial, por uma vez assustados, não podiam permitir que um pequeno país dissesse ao Mundo que, afinal, há uma alternativa. Que é possível cada um viver sem ver o seu trabalho e a sua vida espoliados e desprezados.

Não foram apenas os apoiantes de primeira hora da Revolução Cubana que imaginaram ser possível construir uma sociedade mais justa, livre da exploração de um homem por outro homem. Também os que vivem de explorar o outro e as riquezas, estejam onde estiverem, julgaram estar ali o embrião de algo novo, entusiasmante para os explorados, assustador para os exploradores. Pensaram eles, e bem, que se aquilo, ali em Cuba, desse certo, não faltaria o efeito dominó derrubando as oligarquias e fazendo a Revolução. Temeram e tremeram!

Por tudo isso, eles, com os EUA à cabeça, não estavam dispostos a permitir que o mau exemplo florescesse. Por isso as centenas de tentativas, levadas a cabo pela CIA, para assassinar Fidel, o rosto da Revolução e da Esperança. Por isso, as invasões, os boicotes, o Bloqueio, as pragas para inutilizar a produção de cana de açúcar, as pestes lançadas para dizimar a pecuária, o financiamento de opositores. Por isso também, o ódio que os papagaios do imperialismo norte-americano bolçam em comentários e reportagens.

Um sonho pode ser muito poderoso e os senhores do Mundo não gostam que os oprimidos sonhem. Há que demonstrar que a dura e feia realidade do Capitalismo não tem saída nem alternativa. Para sustos bem bastou o de Outubro de 17!

publicado por Aristides às 13:02
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Quinta-feira, 24 de Novembro de 2016

Trumpillaryces

 

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Hillary Clinton recolheu 64.227.373 votos contra 62.212.752 para Donald Trump, segundo os últimos números compilados de fonte oficial pelo Cook Political Report, divulgadas hoje.

Trump conseguiu 290 grandes eleitores contra 232 da democrata, que já reconheceu a derrota. Para vencer esta eleição são precisos 270 dos 538 que estavam em jogo.

A Democracia baseia-se na vontade da maioria, certo? Errado! A "maior" e "melhor" Democracia do Mundo tem como líder o vencedor de uma eleições, pelos vistos, muito democráticas e exemplares,  em que obteve menos dois milhões (!) de votos que a candidata derrotada.

Quem tem uma democracia asim tão, mas tão boa não admira que ande a tentar impô-la por esse mundo fora.

publicado por Aristides às 12:46
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Quinta-feira, 17 de Novembro de 2016

O meu artigo de Novembro no Praça Alta

Especificidades da Democracia

 

Impossível evitar o assunto do momento, ou seja, o resultado das eleições nos EUA. Qualquer análise, por superficial que seja, identificará as sondagens e estudos de opinião como os primeiros derrotados daquele sufrágio. Com efeito, os estados ganhos por Trump e o número de delegados conseguidos não constava de nenhuma previsão, nem nas obtidas junto dos eleitores que acabavam de votar. Esta circunstância acaba por ser bastante estranha, já que as sondagens à boca das urnas são das mais fiáveis e precisas.

Sem me basear em nenhum estudo ad hoc, tenho uma opinião sobre esse facto: muitos norte-americanos, mesmo depois de terem votado em Donald Trump, não se achavam confortáveis com isso e sentiam-se até intimamente envergonhados com o que viam como algo de reprovável. Não me admiraria encontrar nos EUA de 9 de novembro o mesmo sentimento do day after do Brexit. Muitos britânicos votaram pela saída da Grã Bretanha da União Europeia como forma de protesto contra os “políticos” nunca pensando que esse voto poderia sair vencedor. Daí a estupefação e arrependimento de alguns deles quando viram a saída confirmada.

Acredito que muitos norte-americanos, apesar de profundamente reacionários, votaram em Trump para protestar contra o “sistema”, os “políticos” e a odiada Washington, nunca imaginando que estavam a eleger alguém completamente desclassificado para um cargo tão poderoso quanto perigoso. Se assim foi, como creio que foi, é tarde para arrependimentos.

As presentes eleições levantam, contudo, uma outra questão de enorme importância que tem a ver com o sistema eleitoral que vigora naquela super potência. Todos crescemos a ouvir por todo o lado que os EUA são, não só a maior democracia do Mundo, como a melhor. Estamos cansados de ouvir falar no sonho americano e de como toda a gente pode atingir os seus sonhos, por mais desmedidos que sejam, se acreditar muito nisso e lutar por eles. E dão até o exemplo de como Obama, um negro, vejam só!, conseguiu chegar à Casa Branca. Não falando já de quão perigosa é essa treta dos sonhos, não podemos esquecer que o que levou Obama à presidência, assim como todos os outros antes dele e os que lhe seguirão, são os muitos milhões de dólares que patrocinadores, apoiantes e lobbies estão dispostos a desembolsar.

Vejamos agora a questão da Democracia e da sua decantada qualidade. Pela segunda vez, em cerca de quinze anos, chega à cadeira presidencial o candidato com menos votos escrutinados. É o sistema de eleição indireta que se baseia em eleger delegados, estado a estado, para o Colégio Eleitoral, dizem-nos os comentadores sem o mínimo sinal de comoção ou de desaprovação. Um ou outro politólogo norte-americano repara na incongruência e esboça um tímido arremedo de crítica e de sugestão para mudar as coisas. Compreende-se: um país que enche a boca de Democracia, que a espalha urbi et orbi nem que seja à bomba, e que intramuros dá a vitória ao candidato menos votado, não será um exemplo de coerência que mereça ser emulado. Mas logo vem a sacrossanta, glorificada e intocável Constituição que se ergue como obstáculo intransponível e, portanto, perpetuadora destes aparentes paradoxos.

Ora, no caso vertente da eleição que opôs Hillary a Trump, aquela teve, no conjunto do país, mais cerca de meio milhão de votos que o seu opositor. Não é muito, dirão alguns. Pois não, não é muito, mas é mais. E, segundo creio, democracia tem a ver com a vontade da maioria.

(Parece que já estou a ouvir algumas vozes que, com grande imaginação e alguma má fé à mistura, comparam essa especificidade norte americana com a solução governativa encontrada em Portugal há um ano atrás. Ora as situações além de não serem comparáveis, são até antagónicas. Nós, por cá, temos um governo de um partido, mas sustentado numa maioria parlamentar, por sua vez escorada numa maioria de votos a nível nacional. Haverá alguma similitude nas situações? Afinal, a questão nem é da esfera política, é simples aritmética. Dá para perceber, ou não?)

O que me admira é esta contradição insanável não merecer dos encartados apoiantes do regime de Washingtin DC que enxameiam os meios de comunicação social um vestígio de crítica ou desagrado.

São estas especificidades da democracia made in USA que me deixam estupefacto! Enfim, medianamente estupefacto.

 

publicado por Aristides às 13:46
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Terça-feira, 15 de Novembro de 2016

Imbecilidades racistas

A diretora da organização Clay County Development Corporation, Pamela Ramsey Taylor, está no centro da última polémica que envolve Michelle Obama. A responsável pela entidade sem fins lucrativos, sediada nos subúrbios de Charleston, escreveu no Facebook uma crítica à mulher do presidente dos EUA em funções: “Vai ser tão revigorante ter uma primeira-dama elegante, bonita, digna primeira-dama de volta à Casa Branca. Estou farta de ver um macaco de saltos altos”. in Jornal Económico

Que o racismo existe e se mantém, muito para além das leis que formalmente o deram por extinto, não é novidade nenhuma. Principalmente nos EUA em que, já há muito passado o equador do século XX, os negros ainda não podiam frequentar as mesmas escolas dos brancos nem os mesmos transportes públicos. Hoje, as leis já não são segregacionistas, mas é-o a prática policial e jurisdicional. Basta ver o número de negros mortos pela Polícia, ou a percentagem de negros na população prisional ou de inquilinos dos corredores da morte.

O problema que agora se põe é o racismo e a xenofobia estarem respaldados ao mais alto nível nos EUA. O que fará (já está a fazer) com que se crie um ambiente hostil e potencialmente violento à volta das populações negras, hispânicas, árabes, etc. Todos sabemos como a opinião pública é sugestionável e a americana, com a sua fraquíssima cultura, por maioria de razões.

Não é por acaso que a Ku Klux Klan apoiou o candidato Trump e convocou um comício para festejar a sua vitória. Nem é por acaso que Trump tenha convidado para seu assessor um indíviduo conhecido pelas suas ideias supremacistas e nazis.

Nem é por acaso que alguns imbecis se sintam no direito de escrever as barbaridades de que a imprensa hoje dá notícia.

publicado por Aristides às 13:23
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Quinta-feira, 10 de Novembro de 2016

Ooops...they did it again!

 

"Na quarta-feira à tarde, a candidata democrata à Casa Branca recolhera mais cerca de 200.000 votos que o multimilionário populista - 59.689.819 contra 59.489.637 -, uma gota de água considerando os cerca de 120 milhões de boletins de voto depositados nas urnas das presidenciais, mas que lhe permitirá, contudo, sublinhar que obteve maior aprovação do eleitorado.

Se se tratasse de um escrutínio por sufrágio universal, a ex-primeira-dama teria sido eleita para a Casa Branca com 47,7% dos votos, contra os 47,5% de Trump.

Para Robert Schapiro, professor de Ciência Política na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, deveriam levantar-se muitas vozes para exigir uma revisão deste "sistema eleitoral abstruso".

"Poderá haver reivindicações, mas elas acabarão por desaparecer", sustentou, sublinhando que uma alteração ao modelo do colégio eleitoral obrigaria a uma alteração da sacrossanta Constituição dos Estados Unidos, uma tarefa delicada.

"Isto (este resultado] questiona até que ponto é que o nosso sistema é democrático", reconheceu, todavia.

Antes desta vitória eleitoral de Donald Trump, outro republicano, George W. Bush, venceu as presidenciais, em 2000, contra o democrata Al Gore, embora tenha sido o candidato menos votado: Al Gore obteve 48,4% dos votos e Bush apenas 47,9%." in Diário de Notícias

Afinal, contrariamente ao que escrevi aqui ontem, confirma-se que ganhou a presidência da maior (e melhor!) democracia do mundo o candidato em quem menos gente votou! O país que gosta de exportar o seu maravilhoso sistema, nem que seja à bomba, para todo o mundo, tem, pelos vistos, que rever o seu próprio conceito de democracia.

 

publicado por Aristides às 08:58
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Quarta-feira, 9 de Novembro de 2016

O triunfo dos Trump's

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O mundo bempensante está indignado e estupefacto! Como é que uma excrescência politicamente incorrecta, desbocada, perigosa e inconveniente chegou à Sala Oval e à cadeira mais poderosa do mundo? Não faltarão Rogeiros e Ratos para nos explicarem o que correu mal. Vá lá, que desta vez o vencedor foi o que teve mais votos. Já aconteceu a Al Gore vencer as eleições e ver George W. Bush ascender à presidência. Coisas da Democracia made in USA.

A campanha do mal menor não funcionou, os resultados das sondagens insinuam que quem votou Trump teve vergonha de o assumir, ficou, enfim, demonstrado o carácter profundamente reaccionário da América profunda.

As bolsas tremeram mas não tardarão, com o seu apurado sentido de sobrevivência, a cavalgar a onda ultra-neo-conservadora. Não faltarão também nas passereles da moda, modelos com cabeleiras à Trump nem imensa gentinha a copiar os vestidos da próxima first ladie, Melania. Esta sim, uma imigrante aceitável e bem sucedida!

publicado por Aristides às 13:58
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Segunda-feira, 7 de Novembro de 2016

Trump e as armas

O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, foi retirado do palco por agentes dos Serviços Secretos norte-americanos devido a uma alegada ameaça durante um comício em Reno, no estado do Nevada, no sábado.Enquanto discursava, alguém terá gritado "arma".

Não percebo como é que a suspeita de estar alguém armado num comício de Trump pode ser considerado preocupante. Não é ele que defende o direito sagrado de cada americano em poder usar armas? Não é ele o candidato da NRA (National Riffle Association), a poderosa organização de extrema direita que faz lobbie contra tudo o que signifique restringir o uso indiscriminado de armas, responsável por centenas ou milhares de vítimas todos os anos nos EUA?

Pior do isso é o apelo do candidato a que as milícias armadas que proliferam em várias zonas dos EUA façam vigilância nos locais de voto, com o intuito de denunciar possíveis falcatruas que o impeçam de ser o próximo presidente do Império. Com essa atitude está a deitar mais gasolina no fogo, como bom pirómano que demonstrou ser.

 

publicado por Aristides às 13:09
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Quinta-feira, 3 de Novembro de 2016

A França é a França

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"François Hollande terá feito um "acordo secreto" com a União Europeia para não cumprir as metas do défice. Esta é uma das revelações do livro “Um Presidente não deveria dizer isto” feito por dois jornalistas do Le Monde após dezenas de entrevistas ao Presidente francês."

É este modelo de ética, é esta a forma de solidariedade, é este o paradigma da integração num espaço democrático que nos venderam como sendo o espaço da CEE, primeiro, e da União Europeia depois.

Não admira o desprezo com que a "Europa", ou a narrativa que as elites burocráticas de Bruxelas têm dessa volátil entidade, é vista até por quem a deveria ter por modelo, segundo o nosso olhar eurocêntrico.

Vergonha é o que todos devemos sentir pela maneira como somos manipulados e enganados por estes embusteiros sem dignidade nem honestidade política.

Palhaços!

publicado por Aristides às 15:19
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Terça-feira, 1 de Novembro de 2016

Ne chantez pas la mort

 

Uma belíssima música apropriada a este dia. 

publicado por Aristides às 18:27
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Segunda-feira, 31 de Outubro de 2016

A irrepreensível ética barrosã

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"O comité de ética da Comissão Europeia concluiu que o antigo presidente Durão Barroso não violou as regras dos Tratados ao aceitar o cargo de presidente não-executivo da Goldman Sachs."

Mas é claro que não e penso que ninguém terá posto isso em causa. Os Tratados, assim como toda a legislação elaborada no âmbito da UE, favorece os negócios, a chiquepertice, o tráfico de muitas coisas, nomeadamente de influências, que não será o menos rentável.

O mesmo comité de ética realçou que Barroso “não demonstrou a sensatez que se poderia esperar de alguém que ocupou o cargo de presidente durante tantos anos" e como sensatez não é condição sine qua non para nada que tenha a ver com políticas europeias, estamos conversados. Convenhamos também que não será muito saudável indispor os senhores do Goldman Sachs com esquisitices como ética e outras coisas sem importância. É que podem ficar chateados.

Volta Barroso, está perdoado!

 

publicado por Aristides às 13:55
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Domingo, 30 de Outubro de 2016

A Direita e a Rua

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Anda a direita procupada por haver poucas greves e manifestações. Nunca imaginei as saudades que o PSD e o CDS teriam de ver os protestos de sindicalistas, as ruas cheias de manifestantes, as ruas cortadas, as escolas fechadas. Cada vez me srpreendem mais!

Acontece que uma das melhores respostas a este estado de espírito da nossa direita, saiu da pena de Pacheco Pereira, na sua coluna de opinião no Público a que pertece o excerto que se segue:

"Querer saber onde está Mário Nogueira para o obrigar a sair para a rua com a Fenprof. Querer humilhar o PCP e o BE “por estarem tão mansinhos” e picá-los para quebrarem com fragor a “paz social”. Queixar-se de que não há manifestações e chorar de saudades pela desocupação do espaço em frente das escadarias da Assembleia. Apelar à CGTP para que faça greves e motins como fazia “antes”. Dizer com mágoa, como Marques Mendes, “quem os viu e quem os vê”, com saudades de “quem os viu”. A lista do ridículo seria interminável. Ó homens! Eles têm uma coisa muito mais importante do que a rua — ganharam poder político. Ó homens! E, muito mais do que isso, têm poder político para ajudar melhor a “rua” do que se viessem para a rua. Aliás, é isso mesmo que, dia sim, dia não, vocês dizem. Então, em que ficamos? “Quem governa é o BE”, ou o “PS meteu-os no bolso”? Não foram “eles” que perderam poder, foram vocês. E sempre podem ocupar o vazio da rua e das manifestações, está lá à disposição. E não há causas mobilizadoras? Ou não há gente?"

publicado por Aristides às 10:15
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Sexta-feira, 28 de Outubro de 2016

As visões de Duterte

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O louco presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, responsável por 4700 mortes em apenas quatro meses numa pretensa, ignóbil e controversa guerra contra as drogas, que pontua os seus discursos com palavrões e obcenidades, teve uma visão divina, numa recente viagem de avião. Mais: a visão, que era, nem mais nem menos, Deus, falou e disse-lhe que tinha de parar, caso contrário, faria cair aquele avião.

Como bom católico, Duterte resolveu parar e deu conta disso no discurso que faz após o incidente. Comprometeu-se por isso, perante Deus e o povo flipino a parar...de dizer palavrões.

Não, não estou a brincar, acabei de ler a notícia no Diário Digital que refere uma popularidade do presidente assassino de quase 80%.

Dir-me-ão que a maioria é que tem razão. E eu digo que não!

publicado por Aristides às 13:40
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O pirómano Schäuble

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"Dou sobretudo atenção aos alemães que conhecem Portugal e, por isso, sabem do que falam", afirmando mais à frente que "o preconceito é muito pouco inspirador para se falar com tino". - António Costa sobre Schäuble.

Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças alemão, do alto da sua cadeira de rodas e com aquele retorcido dedo em riste, mostrou mais uma vez a animosidade que sente por Portugal e pelo caminho que escolhemos seguir, mandando às malvas o seu discípulo dilecto e melhor aluno, Passos Coelho.

António Costa, em vez de se agachar como faria Vitor Gaspar ou Passos Coelho, respondeu-lhe e, quanto a mim, bem. Talvez até tenha sido diplomático demais, o que se compreende.

Aquela imagem de ser um pirómano que se disfarça de bombeiro também está bem sacada, sim senhor!

 

publicado por Aristides às 10:59
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Quinta-feira, 27 de Outubro de 2016

Carlos Peixoto, a peste grisalha e a Justiça

Um septuagenário de Coimbra, reformado, escreveu uma carta aberta em resposta a um artigo de opinião do deputado do PSD pelo círculo da Guarda, Carlos Peixoto, no qual este se referia ao envelhecimento da população portuguesa como a "peste grisalha".

Tendo sido processado por difamação, foi condenado pelo Tribunal de Gouveia ao pagamento de 1.200 euros de multa, além de uma indemnização de 3.000 euros ao deputado social-democrata, mas recorreu para o TRC que confirmou agora a decisão.

Não vou entrar na onda nacional-lamurienta de indignação com a "justiça que temos", de que a "justiça protege sempre os poderosos", que sempre surge cada vez que se anuncia uma sentença mais polémica. Sei que a Justiça, num Estado de Direito corre o risco de ser incompreendida e de ter decisões estranhas, quando isso acontece em nome de um bem maior que é a proteção dos inocentes contra a discricionaridade do poder. Muitas vezes não o consegue ou não o quer, mas não é por isso que o princípio deixa de ser bom.

No caso vertente acontece, parece-me, um desses casos. Não sei em que termos o arguido escreveu a carta aberta: foi, pelos vistos, insultuoso em relação ao político. Mas não terá sido aquela torpe afirmação do deputado (a peste grisalha) muito mais insultuosa e para muito mais gente?

É que, ainda por cima, o pobre do homem teve azar em ser o escolhido para dar o exemplo. Pelo que me apercebi, foram milhares os portugueses, pestíferos ou não, que dirigiram ao ilustre deputado palavras do mais puro vernáculo utilizando os vários meios de comunicação ao seu dispor.

Carlos Peixoto, que há de ficar grisalho como os outros, deveria compensar a falta de sensibilidade social com um bocadinho de bom senso. Infelizmente faltam-lhe as duas coisas.

 

 

publicado por Aristides às 13:42
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Terça-feira, 25 de Outubro de 2016

Os russos, de novo!

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"O porta-aviões Almirante Kuznetsov, que lidera uma frota de nove navios russos que vai a caminho da Síria, deverá ficar em águas de jurisdição portuguesa até às 19.00 desta terça-feira, a manterem-se os rumos e velocidades a que seguiam hoje, segundo o Ministério da Defesa Nacional. Os navios estão a ser vigiados à passagem por Portugal por uma fragata da Marinha portuguesa e por um avião C-3."

Não fossem os candentes e dramáticos desaparecimentos do criminoso de Aguiar da Beira e do menino de Ourém, esta era seguramente a notícia em destaque nos nossos meios de comunicação social. Imagino que, nas mentes formatadas no ambiente da Guerra Fria, pelo Estado Novo e pela histeria anticomunista que, por ora, medra em tudo o que é jornal, televisão ou paineleiro comentador avençado, isso soe a ameaça terrível sobre as nossas cabeças. Ainda por cima com os submarinos do Portas em manutenção, a nossa segurança nacional estará seriamente comprometida.

Felizmente a frota de navios russos está ser vigiada por uma fragata e uma avião e seguramente não lhes faltará o apoio de N.ª Sr.ª de Fátima que já nos acudiu aquando do afundamento do cargueiro Prestige, não deixando chegar até águas de Portugal o poluente crude, castigando assim apenas a Galiza que algum grave pecado deve ter cometido. A ter em conta que, nessa altura, o ministro da Defesa era o pio Portas, o que deve ter influido  na decisão divina.

Descansemos todavia, hoje pela 19 horas o pesadelo deve ter terminado.

publicado por Aristides às 15:22
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Sexta-feira, 21 de Outubro de 2016

Aureas mediocritas

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"A cultura "tende a converter-se em espetáculo" e aquilo que se apresenta como uma democratização cultural não é mais do que "banalização do frívolo". Estas foram as palavras do escritor peruano Mario Vargas Llosa, que ganhou o Nobel da Literatura em 2010, quando, ontem, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Burgos, em Espanha. E considerou que um dos exemplos mais recentes do domínio da cultura do espetáculo é o facto de a Academia Sueca ter atribuído o prémio Nobel da literatura ao músico Bob Dylan."

 

Quero, antes de tudo dizer, que o Prémio Nobel não tem, para mim, a importância que a sua mediatização lhe granjeou. Mediatização e importância às quais não foi alheia a Guerra Fria, para a qual o Nobel contribuiu com não poucas achas para a fogueira. Quero dizer que umas vezes o acho bem atribuído, outras não e ainda muitas outras, como acontecerá com milhões de leitores, não faço ideia quem seja o laureado.

Dito isto, acrescento que discordo de Vargas Llosa quando define a atribuição do Nobel da Literatura a Bob Dylan como uma concessão à cultura do espectáculo, classificando o contributo do cantautor como uma frivolidade. Quero crer que, se a intenção fosse essa, não faltariam candidatos, desde Madonna até Lady Gaga, para não ir mais longe.

Quem ouve rádio, lê jornais ou revistas ou tenta estar a par do panorama cultural contemporâneo, está bem longe de considerar Dylan uma presença banal ou frequente nesses meios. Não pertence ao frívolo e banal  mainstream que nos submerge como uma avalanche de aureas medocritas.

 

publicado por Aristides às 15:59
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Quinta-feira, 20 de Outubro de 2016

O idiota útil

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"O alinhamento do Telejornal não pode estar dependente das iniciativas da Fenprof: se Mário Nogueira fala as escolas estão mal, se ele está calado as escolas estão bem. É mais do que tempo de os media começarem a sair para a rua e definir a sua própria agenda, deixando para o Avante! a agenda do PCP."

-João Miguel Tavares, in Público, 20-10-2016

Nunca percebi a razão porque João Miguel Tavares (JMT) tem tanto palco mediático. Há anos que ocupa páginas e páginas em jornais ditos de referência, assim como é solicitado como comentador em serviços noticiosos da TV. Por aqui se vê o panorama desolador da nossa comunicação social.

Mas, pior do que isso, o fulano permite-se umas graçolas no Governo Sombra da TVI, motivo mais do que suficiente para não ver tal programa. Apesar de apreciar as intervenções de Ricardo Araújo Pereira e de Pedro Mexia, este de direita, mas inteligente, as prestações pretensamente graciosas e jocosas de JMT impedem-me de reunir a pachorra necessária para assistir ao programa.

Escreve agora o JMT no Público um artigozeco onde manifesta a saudade de Mário Nogueira e insinua maldosamente que a comunicação social adoptou a agenda do PCP e da Fenprof. Ora, quem tem olhos de ver e mais de dois neurónios sabe perfeitamente como o PCP é tratado na dita comunicação social e a maneira como é silenciado.

Pelos vistos, não é o caso do referido escriba. 

 

publicado por Aristides às 13:40
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Quarta-feira, 19 de Outubro de 2016

O IMI e as contradições do PSD

"Foi aprovada a iniciativa do PCP para que, em sede de IMI, o coeficiente que tem a ver com as vistas panorâmicas e o sol se mantenha nos 5%. Desta forma, a esmagadora maioria das casas, que têm um valor até 250 mil euros não terão qualquer agravamento do imposto", congratulou-se o deputado comunista Paulo Sá, após reunião da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.

Ou seja, o coeficiente que se mantém em 5% foi criado por um governo PSD/CDS e adivinhem quem votou contra essa manutenção. Isso mesmo, o PSD que tanto chinfrim tem feito com a possibilidade do aumento do IMI pela alteração dos coeficientes proposta pelo actual governo. Convém sublinhar que, com esta medida, a grande maioria das casas não sofre nenhum aumento do referido imposto o que desgosta, pelos vistos, o PSD. 

Um partido da oposição que se esganiça por tudo e por nada, que se abstém de propor alterações a um orçamento que considera mau e que, ainda por cima, vota contra as propostas que o permitem melhorar, não está seguramente à altura das responsabilidades que os seus eleitores lhe atribuiram.

Como lhe chamaremos? Um partido de protesto? Isso não o deveria colocar fora do famigerado "arco da governação"?

publicado por Aristides às 16:05
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