Óscar Lopes faz amanhã 90 anos. Historiador da Literatura Portuguesa, escritor, ensaísta, professor, etc, foi ainda um opositor do regime fascista e continua a ser um comunista coerente e convicto. Amanhã receberá uma merecida homenagem que incluirá a atribuição do seu nome a uma avenida de Espinho. Vai iniciar-se no dia 10 de Outubro um ciclo de homenagem a esse nome incontornável da cultura portuguesa, onde participam políticos como o secretário-geral do PCP e a ministra da Cultura, asim como intelectuais como Urbano Tavares Rodrigues, Maria Alzira Seixo, Magalhães Godinho, Carlos Reis, Vasco Graça Moura, Baptista-Bastos, Viale Moutinho, José Manuel Mendes, etc.
Pois bem, leio hoje um artigo no Diário de Notícias sobre o homenageado e pasmo! Pasmo por ver como é possível escrever longamente sobre um homem como Óscar Lopes, os seus méritos e qualidades, referir o corajoso passado de anti-fascista com passagem pela prisão e conseguir fazer isso tudo sem uma referência à sua filiação partidária. Que pudores avassalarão a alma de tal escriba para evitar dizer o que muitos sabem: que Óscar Lopes é comunista e não renegou? E como lhe teria sido proveitoso! Que diferença entre a coluna vertebral erecta dos verdadeiramente grandes e o curvar de cerviz dos medíocres!
E a pergunta vem-nos à mente. A sua militância comunista seria igualmente esquecida se ele fosse um ex? Não estaria a comunicação social dominante a fazer um escarcéu sobre a sua saída?
Ah! O pobre escrivão chama-se Henrique Mangas e o pobre escrito pode ser lido aqui.
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