"Na quarta-feira à tarde, a candidata democrata à Casa Branca recolhera mais cerca de 200.000 votos que o multimilionário populista - 59.689.819 contra 59.489.637 -, uma gota de água considerando os cerca de 120 milhões de boletins de voto depositados nas urnas das presidenciais, mas que lhe permitirá, contudo, sublinhar que obteve maior aprovação do eleitorado.
Se se tratasse de um escrutínio por sufrágio universal, a ex-primeira-dama teria sido eleita para a Casa Branca com 47,7% dos votos, contra os 47,5% de Trump.
Para Robert Schapiro, professor de Ciência Política na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, deveriam levantar-se muitas vozes para exigir uma revisão deste "sistema eleitoral abstruso".
"Poderá haver reivindicações, mas elas acabarão por desaparecer", sustentou, sublinhando que uma alteração ao modelo do colégio eleitoral obrigaria a uma alteração da sacrossanta Constituição dos Estados Unidos, uma tarefa delicada.
"Isto (este resultado] questiona até que ponto é que o nosso sistema é democrático", reconheceu, todavia.
Antes desta vitória eleitoral de Donald Trump, outro republicano, George W. Bush, venceu as presidenciais, em 2000, contra o democrata Al Gore, embora tenha sido o candidato menos votado: Al Gore obteve 48,4% dos votos e Bush apenas 47,9%." in Diário de Notícias
Afinal, contrariamente ao que escrevi aqui ontem, confirma-se que ganhou a presidência da maior (e melhor!) democracia do mundo o candidato em quem menos gente votou! O país que gosta de exportar o seu maravilhoso sistema, nem que seja à bomba, para todo o mundo, tem, pelos vistos, que rever o seu próprio conceito de democracia.
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